[Minha Vida Blogueira] Uma pequena obsessão

Minha história com os blogs é antiga. Se o Limonada, em que (de vez em quando) escrevo hoje já está prestes a completar seus 10 anos, tenho até medo de realmente parar para contar a passagem do tempo desde que criei o meu primeiro endereço virtual.

Desde pequena via meu pai usando o computador e achava aquilo tudo muito incrível - e o fato de eu só poder usá-lo na presença de um adulto por até uma hora por dia tornava aquela caixa larga e branca, que se conectada a Internet interrompia meu sinal de telefone, ainda mais interessante.

Tudo começou de forma muito singela. Primeiro foram os fóruns sobre Floribella. Logo em seguida os chats que permitiam ler a resposta da outra pessoa em tempo real. De repente eu estava descobrindo que Floribella era uma novela com diferentes versões em países além do Brasil, e com isso, lembro de abrir o primeiro blog que li: um sobre Floribella Portugal, com o endereço sapo.pt.

Dali em diante muitos outros gostos foram moldando a minha personalidade e tornando-se as vítimas das minhas pesquisas virtuais. High School Musical, Isa TKM, Jonas Brothers, e com eles, as fanfics, responsáveis por criarem o meu elo mais fiel com o blogspot.

Se em 2012 eu ainda estava escrevendo fanfics, em 2013 já estava começando meu blog atual. Não há como negar: minha história com os blogs é com toda certeza a minha obsessão mais antiga.

Este post foi escrito carinhosamente pela Tatiane para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

[Minha Vida Blogueira] O início da blogosfera foi logo ali

Eu sempre gostei de escrever e ler. Não sei se foi porque minha mãe é professora, mas sempre tive livros em minha vida. Mas, desde pequena sempre me senti muito sozinha. Não encaixava e não conseguia enxergar as pessoas ao meu redor como “amigas”.

Acho que foi por causa disso que encontrei, não me lembro como, a blogosfera. Um local onde eu podia escrever o que quisesse, sem julgamentos, sem me incomodarem, e com a possibilidade de fazer amigos de todo lugar do mundo.

Eu não sou tão velha não, tenho só 35 anos, mas a internet evolui tão rápido, que parece que foi em décadas passadas. Lembro que quando tinha 15 anos eu já tinha um blog e já escrevia a um tempo nele. Como eu me lembro? Porque eu mexia na parte de layout também, e lembro que teve um tempo que o template do meu blog era minha foto bem grande, a foto do book de 15 anos hehehehe.

Sim, já fazem mais de 20 anos. E tantas plataformas surgiram e morreram no caminho. Lembro que naquela época o blog era em um tal de weblogger. E tinham redes sociais também. O fotolog, flogão, flickr e o mais conhecido Orkut. Eu pipocava entre eles, mas adorava o blog.

E nem vamos falar no trabalho que era escrever em um blog antigamente. Não pelo fato da escrita, mas pela conexão mesmo. Afinal, a internet como conhecemos hoje não existia. Tinhamos que conectar após a meia noite, dava estress, caia. Sim, a incrível internet discada. Se você nunca ouviu falar dela, parabéns, você nasceu depois desta tortura (hehehe).

Tenho até algumas histórias legais e uma cômica envolvendo os blogs na minha adolescência. Tive uma época do segundo grau que tive um namoradinho que minha melhor amiga gostava também. Como eu soube disso? Encontrei, sem querer, o blog dela na internet, e ela contava sobre gostar do meu namorado. Eu também fiz muitas amizades através desse diário virtual. Tive algumas amigas que conheci nos blogs e trocava cartinhas, presentes. Era muito legal.

Eu enfim me sentia conectada com pessoas que eram parecidas comigo. O tempo foi passando, as plataformas foram evoluindo e já faz 15 anos que o blog está onde está, na plataforma blogspot do Google. Hoje como Vivendo Sentimentos, mas lá no comecinho, tinha só meu sobrenome: Larentis.

Eu ainda sou viciada em mexer no html e template, e o blog está de tempos em tempos mudando a carinha dele. Ufa! Eu não gosto de mesmice. Ele também foi evoluindo nos temas escritos. Começou como um diário virtual, falando do dia-a-dia e dos emocionantes acontecimentos da escola (hehehehe). Depois comecei a falar das minhas leituras e livros, uma das minhas paixões.

Em 2015 fiz minhas primeiras parcerias com editoras de livros no blog. E até 2021 tive sempre editoras junto comigo, trazendo conteúdo em conjunto para meus leitores. Em 2022 decidi desacelerar e começar a falar de outros conteúdos que também eram coisas que eu amava, como viagens. Hoje o blog fala um pouquinho de tudo, seja cultura, livros, filmes e viagens.

O blog é minha plataforma favorita porque nela consigo me expressar por inteiro. Posso escrever quanto eu quiser (sem limites de caracteres), posso colocar fotos, vídeos. Ela é minha casa. E tem muitas visitas, e isso me alegra. Adoro a interação, visitar outros blogs. Conhecer novos conteúdos.

Algumas pessoas podem perguntar: Os blogs não acabaram? E eu posso te dar certeza que não. Você está em um blog neste momento. Se você pesquisa algo no Google tem grande chances de parar em um blog. Quando meu dia está monótono, o que mais gosto de pesquisar é novos blogs para conhecer e visitar. São como vizinhos, esperando na janela pelo “oi”, e aquela visita para “fofocar” as últimas novidades.

Obs: Um “problema” de conversar com uma blogueira, é que ela está acostumada a escrever muito. Vocês viram o tamanho do post não é mesmo?! Pensem em meus amigos conversando comigo pelo whatsapp. Não dá certo. Eu escrevo sempre livros hehehe. Desculpe pessoal ;)

Este post foi escrito carinhosamente pela Monique para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

[Minha Vida Blogueira] Aquele que eu conto minha história com a blogosfera


Antes de tudo, te recomendo pegar um café ou dar play nessa playlist nostálgica porque lá vem história...

"É uma verdade universalmente conhecida" de que 90% das pessoas que tem blog atualmente (✨ dados da minha cabeça ✨) tem uma história com essa plataforma que começou lá atrás, e comigo não seria diferente! Não lembro a data, e até o ano se tornou incerto (2010 ou 11?), o endereço também não tenho mais, mas lembro nitidamente de estar no falecido orkut e ver um link que uma colega da minha escola havia postado. Fui redirecionada para o blog de sua irmã e imediatamente, assim que abri aquela aba, me veio uma empolgação nova: um lugar onde eu posso falar e compartilhar o que eu quiser e as pessoas vão ler?! Me soou perfeito.

Aí você sabe, né... trocentos endereços diferentes cujas motivações iam mudando com as minhas inconstâncias adolescentes (ihh, gostei como isso soou, perdi um bom nome, hein?). Com o tempo eu fui conhecendo e me encantando com as blogueiras que já conheciam aquela plataforma há mais tempo que eu e estavam abrindo novos caminhos - quem diria que iria virar uma profissão, né? Lembro da Mércia Reis do Trechy Teen, da Amanda do Vinte e Poucos, da Melina que na época tinha o "A series of serendipity", da Hadassah Sorvillo com o Senhorita Inconstante (acompanho a Hady até hoje), e tantas e tantas outras...

Mas a minha preferida era a Bruna Vieira do Depois dos Quinze - e é engraçado porque ainda gosto demais de acompanhar as fases da Bruna, me sinto uma espécie de amiga distante, torço e vibro por ela, que doido, né? Mas vocês não estão entendendo: eu queria muito ser como a Bruna! Nessa fase a gente tem uma sede de pertencimento e de "ser" que grita de um modo muito nítido, e ela representava uma liberdade que eu também queria ter. Fora as crônicas que me tocaram tanto. Mas... acho que querer ser uma outra pessoa minou a graça que um blog tinha pra mim, sabe? Passei a me preocupar demais com a forma, o conteúdo, o layout e via que outras pessoas também. Tudo começou a ficar muito igual.

Ainda assim, olhando para trás, vejo que cada endereço que tive foi importante porque acompanharam uma fase da minha vida onde eu podia registrar, de fato, como um diário os meus conflitos e paixões. Hoje percebo como foi poderoso ter um espaço e uma voz em algum lugar, já que nessa época, com 14/15 anos, eu não me sentia muito à vontade em ter um caderno físico pra compartilhar tudo o que estava acontecendo naquele momento.

É... eu não virei uma It Girl da Capricho, mas valeu muito a pena poder me expressar e conhecer a rotina de outras meninas. Não é esse o maior objetivo de ter um blog, afinal? Se for assim, acho que posso dizer que eu tive sucesso nessa caminhada! Mas ainda me pergunto... onde e como estão aquelas meninas que eu acompanhei e que como eu, eram cheias de sonhos e intenções que com certeza mudaram com o tempo?!

🌸 Sobre ter um blog em pleno 2023 🌸

Hmmm... ter um blog hoje em dia! Quando eu criei o "Liz Sales" (eu juro que tentei encontrar um título mais criativo, mas não deu...), por volta de dezembro de 2019 (!), o intuito era e continua sendo, compartilhar de um jeito tranquilo a vida, os pensamentos. Eu nem sonhava que ainda tinha gente por aqui, sabe? E pra minha surpresa tinha, e gente com a mesma vibe que eu também estava: bloggar no próprio ritmo. Me deu um alívio! E é aí que entra minha outra motivação...

Eu tenho visto cada vez menos sentido estar nas redes sociais. Twitter, Instagram... tudo tem me deixado com uma sensação de que tem algo errado. Mas aqui, me sinto bem. Interajo, sumo, volto e ainda faz sentido. Eu podia dizer muito mais, mas é isso: ainda faz sentido. Ainda é significativo. E enquanto for assim, eu ficarei feliz de estar aqui, na boa e velha e querida blogosfera.

Este post foi escrito carinhosamente pela Liz para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

[Livro Viajante BR] O pequeno caderno das coisas não ditas - Clare Pooley


Você sabe o que é um "livro viajante"? Tentando explicar de um jeito bem resumido, um livro viajante é um livro que "viaja" entre os leitores de um determinado grupo. Cada leitor lê, faz anotações e depois envia o livro para o próximo participante do grupo, tornando a leitura uma experiência coletiva. Como o Blogueiros Raiz foi criado com o intuito de unir os blogueiros, achei que seria legal começar um projetinho desses por aqui também!

O primeiro livro escolhido para o projeto (eleito com a ajuda de algumas blogueiras muito queridas <3) foi O pequeno caderno das coisas não ditas, da autora britânica Clare Pooley. Os interessados em participar devem se inscrever por este formulário até o dia 28/02/2023, com a "viagem" prevista para iniciar no final de março/começo de abril. O número de participantes será nove (dez, contando comigo), mas se houver mais interessados eles ficarão numa lista de espera para substituições em casos de desistência.

E aí, quem quer viajar comigo? :D