10.6.23

[Minha Vida Blogueira] Eu sou péssimo com títulos


Eu cresci na periferia do Rio Grande do Sul em um munícipio isolado no oeste do estado que na época não tinha muito mais de 2.000 habitantes. A internet a rádio chegou lá em 2006 e eu acessava a rede mundial de computadores no trabalho do meu pai, na casa de amigos e em lan-houses que eram as casas de outros amigos que cobravam dois reais por uma hora de acesso. Só fui ter um computador em casa aos 14 anos e o acesso à internet chegou aos 16 e isso já devia ser 2011 ou 2012.

Ao contrário do que pode parecer pra quem me conhece pessoalmente, eu nunca gostei de receber muita atenção de gente que eu não conheço tão bem e batalho cotidianamente com o medo e a vergonha de ser visto por estranhos. O que eu quero dizer é que a rede mundial de computadores sempre me deixou um pouco ansioso e por isso a minha presença nela durante a adolescência era parecida com a de um fantasma. Eu frequentava fóruns, sites e blog. Eu lia traduções de quadrinhos estrangeiros, frequentava fóruns de video-games e filosofia, lia webcomics e todas as discussões que surgiam nesses espaços. Mas não escrevia nada. Cheguei a criar um endereço em algum momento, mas nunca escrevi nada lá.

Quando as grande empresas da internet chegaram, colonizando e gentrificando os espaços digitais eu me encolhi mais ainda. Isso só começou a mudar um pouco quando fui pra faculdade e eventualmente comecei a escrever alguma coisa ou outra no facebook com uma pegada mais séria. Papo de política, ideologia e análises de conjuntura; não durou muito. Também tentei ter uma página pra postar os meus desenhos que teve um sucesso moderado mas a coisa toda de ter uma rotina de postagens e não sei o que e não sei que lá começou a entrar na cabeça e acabei parando. Entrei no instagram em 2017 e desde então uma vez por ano eu tento ser mais ativo por lá e acabo largando de mão depois de um tempo por um motivo ou outro. O twitter literalmente me adoeceu no tempo em que fiquei por lá e de repente eu me peguei sentindo falta daquela internet do começo dos anos 2000, que parecia mais lenta, mais calma, mais distante, mais como um grande mar a se navegar e menos com uma sessão esquisita de classificados.

Foi por volta de 2020 que a coisa aconteceu. Eu precisava de um espaço pra mim e eu precisava de que ele fosse um pouquinho escondido e de repente o piovepato aconteceu. Eu montei o layout mais simples que consegui e comecei a postar algumas coisas por lá com a certeza de que só seriam lidas por mim alguns anos no futuro e não foi o que aconteceu. De algum jeito, algumas pessoas foram chegando e na primeira vez que eu recebi um comentário de alguém que eu não conhecia eu fiquei genuinamente feliz e um tipo muito específico de relação foi surgindo a partir disso. Comecei a visitar outros blogs e a sentir falta de ler os textos das pessoas. Comecei a me sentir cada vez mais a vontade de escrever e experimentar com a escrita. E comecei a pensar bastante sobre a existência na internet.

Eu gosto daqui, gosto de ler outros blogs, gosto de ver as fotos, os desenhos, as poesias, os vídeos e as maneiras de organizar das outras pessoas. Gosto de como tenho aos poucos começado a me sentir parte de alguma coisa e gosto de ter um lugar da internet com um pouco de mim que alguém pode encontrar sem querer, mas só se tiver determinação o suficiente pra procurar ou pra encontrar sem querer.

Este post foi escrito carinhosamente pelo Jacson para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

6.5.23

[Minha Vida Blogueira] Confetes brilhosos no chão

Minha família foi uma das últimas do bairro e do meu ciclo de conhecidos a adquirir um computador. Eu já era adolescente, uns treze anos, quando meu pai comprou um desktop que ficou num quartinho pequeníssimo de casa e ao qual eu tinha acesso restrito, porque tinha que dividir o tempo de uso com meus irmãos (que são três) e meu pai; a mamis nunca se interessou muito pelo treco, sorte a dela. Além da curta janela de tempo diária em que eu podia ficar online, a privacidade era zero.

Eu preciso de privacidade pra escrever, pra ter um blog. E como o pc de casa ficava num local em que outras cinco pessoas entravam e saíam o tempo todo, eu não me sentia à vontade pra cultivar um cantinho online tão particular assim. Então muitos fatores contribuíram pra minha chegada tardia à blogosfera.

Assim como só fui ter acesso a um computador em casa quando todos os meus amigos já tinham um há anos, ganhei meu primeiro smartphone só no fim do ensino médio (!) quando era absurdo pra todos eu ainda não ter whatsapp, e só fui adquirir um notebook pessoal mais tarde ainda, com 20 anos (fruto do meu suor e salário pessoal \o/)(trabalhar é horrível), eu também cheguei ao mundo dos blogs quando a festa meio que já tinha acabado, deixando uns balões murchos pendurados no teto, só um restinho de refri em cima da mesa e uns confetes brilhosos no chão.


Os blogs são febre do início dos anos 2000 e eu fui criar o meu em 2014, publicando de fato só em 2015, mais de uma década depois dessa porteira se abrir, ver uma multidão de gente passar, entrar e depois sair deixando só uns coitados fiéis (oi, gente \o/) e teias de aranha pra trás. Ter chegado ''tarde'' também me deixou com a impressão de que entrei de penetra no evento, parecia que todos os presentes já estavam aqui há mil anos e já se conheciam e já eram amigos e tinham grupos e comentavam nos blogs uns dos outros e faziam 6 on 6 e quem é que vai estar aparecendo só agora, depois de tanto tempo?

Fiquei uns dois anos falando sozinha online e pensando que meu bloguinho seria algo só meu mesmo, diário virtual, não faria parte de uma comunidade que já tinha se formado há tanto tempo porque não havia mais abertura pra isso. Até que aos pouquinhos fui conhecendo uma blogueira aqui, outra ali, e a gente foi se visitando, e de repente tinha gente de verdade lendo meus posts e comentando e trocando ideias e sentimentos comigo. Que lindeza, ter um blog.

Cada comentário que recebo ainda me encanta. Não é nada ruim pra mim escrever só por escrever, escrever pra mim mesma, fiz muito isso e curti o processo. Mas eu também me perguntava se um dia teria companhia por aqui, então é um afago saber que realmente tem gente do outro lado, é um milagre que gostem de me ler - eu falo tanta merd*. =B

Eu nunca tive outro blog além do Krahelake, nisso minha trajetória na blogsfera se difere um pouco da maioria que leio, em que as pessoas já passaram por uma dezena de endereços online, vários títulos, propostas e layouts diferentes. Da infância à adolescência escrevendo fanfic, uns hiatus e abandonos no meio tempo, e aí a aterrissagem de cara na idade adulta, voltando pra cá enquanto a gente tenta descobrir como viver falando de perrengues e recomendando uns filmes legais. Talvez ter chegado meio tarde já me deixou numa fase mais acomodada, sem energia pra tantas transições, e Krahelake foi tudo e o que sempre tive, do mesmo jeitinho desde o início. Pode haver pequenas modificações um dia, mas a essência do que vai ser um blog meu na internet tá ali.

Não tenho receio dos blogs acabarem. Sei que a gente fala disso com frequência, eu mesma fiz piada ao longo do texto e a proposta do Blogueiros Raiz referencia essa era que ficou pra trás enquanto dá novo fôlego pra arte de blogar, já que comparado ao que a comunidade já foi, parece mesmo que estamos respirando com ajuda de aparelhos. Mas eu sei que vou seguir blogando porque preciso de um cantinho assim, algo que me proporcione muito mais liberdade criativa do que instagram, twitter e, Deus me livre e guarde, Facebook são capazes.

Eu preciso de um espaço pra escrever textos enormes sobre tudo e nada, qualquer coisa; pra modificar o layout à exaustão até deixar ele a minha cara e não uma página padronizada igual todas as outras da rede; um lugar que não apareça o tempo todo no feed de alguém e não me deixe desconfortável pensando que estou incomodando, porque acho que quem aparece no blog é menos por escorregão e mais de caso pensado disposto a encarar as consequências - muita vergonha alheia. E se eu preciso disso, deve ter muito mais gente como eu que precisa também, né? Quer dizer, não sou tão especial assim, rs.

Tem muitas formas de publicar textos e outros posts mega dinâmicos e cheios de personalidade na internet, é claro, e faço uso de várias delas. Mas blogar ainda é uma das minhas coisas favoritas. Sei que mesmo que restar só meia dúzia de gente, os blogs não vão acabar, mas ainda não estamos tão mal das pernas, nem pretendo ir embora tão cedo. Eu realmente toparia ficar por aqui falando sozinha de novo por anos se fosse o caso, mas como Blogueiros Raiz tá aí pra mostrar, aposto que vou ter companhia, e aí mesmo se tudo der errado a gente fica falando sozinhos todos juntos. ;)

Este post foi escrito carinhosamente pela Carolina para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

28.4.23

[Divulgação] Dia das Fadas 2023


A Lovely, uma das blogueiras ativas listadas aqui no Blogueiros Raiz, me falou sobre o Dia das Fadas, que é comemorado no dia 24/06 e aqui no Brasil é organizado pelo blog Sussurros do Ar. Para quem ficou interessado e gostaria de saber mais sobre o evento, é só clicar aqui.

Se você conhece ou organiza algum projeto blogueiro e gostaria de divulgar ele também, é só entrar em contato através do e-mail: contato@tristezinhascotidianas.com.br

15.4.23

[Minha Vida Blogueira] Memórias de quem esteve aqui e de volta outra(s) vez(es)


O ano era 2002 e a hype do momento era Harry Potter. Eu escrevia fanfics sobre o meu amor platônico pelo Severo Snape e enviava para o finado fórum Harryoteca publicar. Minhas fanfics eram um lixo, mas renderam boas amizades nesse fórum.

Essas amizades me introduziram à blogosfera, me incentivando a criar um blog no (também finado) Weblogger.

Foi um marco na minha vida. Nas primeiras semanas usei o blog como se fosse um Twitter (que, na época, nem existia!). Eu escrevia sobre qualquer coisa, dava minha opinião sobre qualquer coisa, compartilhava experiências, fazia aqueles testes ridículos de saber qual era a minha casa em Hogwarts ou qual bicho tinha a minha personalidade. Reclamava dos pais (sem razão), reclamava das aula e dos colegas de aula, reclamava de vestibular e reclamava de não ter um namorado: o verdadeiro Kit Aborrescente nos Anos 2000.

Na minha caminhada pela blogosfera eu tive muitos blogs porque o blog tinha que refletir minha personalidade e minha personalidade era muito volúvel. Nos primórdios eu queria mostrar que também gostava das mesmas coisas que os guris, que era RPGista e jogava jogos de computador, mas só usava o apelido "Elfinha". Depois eu queria ser "riot girl" (durou pouco). Teve ainda a fase em que assumi meu lado otaku-barra-emo, e acho que foi uma das piores fases da minha vida, pois eu estava tentando abandonar a adolescência, cheia de dúvidas de mim mesma, de inseguranças e paranoias. Trocava de blog como quem troca de layout.

Eu não lembro direito, mas em algum momento antes de 2010 devo ter ficado uns bons anos longe da blogosfera até decidir retornar por pura inspiração em quem perseverou. Nesse meio tempo, tentei migrar para a blogosfera internacional e falhei, lógico.

Daí, gente, ali por 2012, 2013, eu criei um blog com um nome doido que inventei lááá nos temos de Elfinha e lembro que foi uma época muito gostosa de blogar. Eu lia bastante livro nessa época e gostava de escrever sobre isso, tirava foto dos meus livros e fazia listas dos que li, não li e queria ler. Era uma delícia.

Lembro de ter sido uma época com muitos posts fotográficos e postagens coletivas de "o que tem na minha bolsa", os "6 on 6" (que era postar 6 fotos no dia 6 de cada mês, e alguns meses eram temáticos), as retrospectivas mensais. Por que isso morreu? Era a alma perdida mas evoluída da blogosfera raiz.

Algumas pessoas se inspiravam em blogs como Um Ano Sem Zara (quando era essencialmente ficar um ano sem comprar roupas, combinado com um lookbook do que se tinha no armário, e era BOM esse blog) e A Series of Serendipity (que quando eu descobri ainda era meio fairy/cottage core, mas larguei de mão quando começou a ficar blogueira profissional demais).

Mas também foi uma época em que questões pessoais impactaram na minha vida online; ao mesmo tempo em que conquistei amizades, perdi outras por bobagem. E, meio que por impulso, meio que por frustração, apaguei o blog onde havia as lembranças dessas amizades e criei outro. Aliás, criei dois, um deles era privado, mas pouco utilizado e, em seguida, esquecido. Ambos os blogs foram abandonados.

Então, em 2018, novamente inspirada pela perseverança de algumas blogueiras raiz, decidi criar um (último) blog. Um blog onde eu pudesse não apenas seguir minha jornada pela blogosfera, se é que existe uma, mas também manter comigo esses 21 anos de experiência e de memórias que consegui garimpar através da Wayback Machine.

Pode soar piegas, mas é fato que manter um blog mudou um pouco a minha vida, seja por ser uma válvula de escape, seja por ser uma ferramenta divertida de interação que supera imensamente qualquer rede social. Onde essa jornada vai me levar eu não sei e não pretendo definir rotas ou atalhos. Talvez levantar acampamento de vez em quando (o tal hiatus), mas seguir em frente até onde der, até virar memória.

Este post foi escrito carinhosamente pela Amanda para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

31.3.23

[Minha Vida Blogueira] De metódica a caótica


Lá pelo ano de 2011 eu estava com meus 16 anos e meio que me iniciando na bruxaria e eu queria um lugar que serviria como uma espécie de livro das sombras, não só isso mas um lugar onde eu poderia escrever histórias também (muitas dessas eu arquivei por vergonha, quem nunca sentiu um pouco de vergonha das coisas que escrevia no passado).

Nelas que contava sobre aventuras em mundo mágico (tipo Harry Potter), porém a história terminou de uma forma um tanto quanto triste, já que na época eu estava caindo em depressão. A protagonista assume a culpa por coisas que ela não tinha controle, e passa a viver sem magia e sem memórias de sua antiga vida.

A história continua correndo na minha cabeça porém eu já não tenho tanto tempo para continuar escrevendo, por isso achei melhor arquivar essas histórias (até porque a escrita era horrível).

Tanto o nome Wings of Fairy quanto o meu pseudônimo (Lovely) vieram de uma época que eu estava aprendendo inglês e as palavras soavam muito mais legais para mim.

Na época eu também havia chamado várias pessoas para escrever comigo, o blog seria tipo uma revista com várias pessoas escrevendo sobre coisas diferentes, algumas amigas aceitaram porém com o passar do tempo só eu continuei.

Naquela época eu tentava fazer praticamente um post por dia e cada dia da semana tinha um tema, segunda e sábado histórias, terça poções e plantas, e assim por diante, porém com o passar do tempo muitas coisas mudaram e ficou cansativo ficar procurando temas novos eu queria falar sobre coisas diferentes que não se encaixavam exatamente nesses temas, os temas foram se tornando cada vez mais abertos, sextas-feiras já não eram mais dedicadas a feitiços, mas sim tradições, cultura, e folclore. Até que em 19 de julho de 2018 eu me cansei dessas regras, afinal como que eu mesma disse no post: "Resposta para a cápsula o tempo" qual o sentido de ter um blog chamado Asas de Fada se você ficar se prendendo a regras que só estão na sua cabeça?

O modo como eu vejo a bruxaria também mudou, se tornando algo mais pessoal que eu não me sinto tão à vontade de ficar compartilhando hoje em dia (talvez porque virou moda odiar jovem místico? talvez, mas fazer o que? ¯\ (ツ) /¯ ). Apesar e tudo, magia sempre fez parte de mim, e vai continuar assim, pois pra mim ela está presente em praticamente tudo o que eu faço.

Um dos motivos para eu gostar de blog talvez seja por conta do TDAH, assistir vídeos parece fácil, porém eu costumo me distrair e tenho que ficar voltando o tempo todo para conseguir entender o vídeo, com texto eu posso parar de ler e voltar exatamente no ponto onde eu parei, sem falar que escrever torna o pensamento mais claro, e o raciocínio mais rápido, eu gostaria de escrever mais sobre pensamentos e coisas aleatórias no meu blog.

Minha dica para quem está começando a escrever é: escreva sobre o que você gosta, você vai mudar ao longo do anos e tudo bem, não se prenda à regras que você mesmo criou.

Este post foi escrito carinhosamente pela Lovely para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

29.3.23

O BEDA vem aí!

Se você vai participar do BEDA, comente neste post. Vamos adorar poder te acompanhar nesta jornada!

E para quem não sabe o que é, BEDA significa Blog Every Day April (ou August). Como o próprio nome diz, o que você precisa fazer é blogar todos os dias em abril (ou agosto rs). E aí, quem vai topar o desafio?

Algumas sugestões de temas para postagens:
  1. Comente o último livro que você leu
  2. Recomende um filme
  3. Compartilhe uma receita favorita
  4. Escreva sobre o teu dia em detalhes
  5. Crie uma lista com as tuas palavras favoritas
  6. Compartilhe uma citação favorita
  7. Escreva sobre a chegada do outono
  8. Compartilhe um "photo dump" do dia/semana/mês
  9. Conte o último sonho que você sonhou (e lembra)
  10. Compartilhe os teus links favoritos do dia/semana/mês
  11. Fale sobre um hobby que você gosta muito
  12. Compartilhe a tua playlist do momento
  13. Fale sobre os blogs/perfis no Instagram/canais no YouTube que são inspiração para você
  14. Compartilhe uma história que te deixa feliz
  15. Descreva algo que você gosta de olhar
  16. Fotografe e poste as pequenas coisas que você encontra no teu caminho para a escola/faculdade/trabalho
  17. Descreva o melhor programa para cada estação (primavera/verão/outono/inverno)
  18. Fale sobre os teus aplicativos mais usados ou favoritos
  19. Faça testes de personalidade online e comente os resultados
  20. Tire uma foto do conteúdo que você carrega todos os dias na bolsa ou na mochila e fale sobre ele
  21. Fale sobre alguma ferramenta analógica usada por você no passado (exemplo: agenda, diário, câmera fotográfica). Ponto extra se tiver uma foto do objeto :)
  22. Fale sobre as tuas manias de leitor
  23. Crie uma TAG bacana para ser respondida por blogueiros
  24. Tire uma foto do céu sempre no mesmo lugar e no mesmo horário por uma semana e poste o resultado
  25. Se sua casa estivesse pegando fogo, o que você salvaria?
  26. Poste uma foto favorita da infância
  27. Saia em um encontro com você mesme e conte a experiência
  28. Escreva uma carta de despedida para uma pessoa ou hábito tóxico que você gostaria de remover da tua vida
  29. Fale sobre uma habilidade que você gostaria de ter
  30. Escreva como seria o dia perfeito para você

18.3.23

[Minha Vida Blogueira] Uma pequena obsessão

Minha história com os blogs é antiga. Se o Limonada, em que (de vez em quando) escrevo hoje já está prestes a completar seus 10 anos, tenho até medo de realmente parar para contar a passagem do tempo desde que criei o meu primeiro endereço virtual.

Desde pequena via meu pai usando o computador e achava aquilo tudo muito incrível - e o fato de eu só poder usá-lo na presença de um adulto por até uma hora por dia tornava aquela caixa larga e branca, que se conectada a Internet interrompia meu sinal de telefone, ainda mais interessante.

Tudo começou de forma muito singela. Primeiro foram os fóruns sobre Floribella. Logo em seguida os chats que permitiam ler a resposta da outra pessoa em tempo real. De repente eu estava descobrindo que Floribella era uma novela com diferentes versões em países além do Brasil, e com isso, lembro de abrir o primeiro blog que li: um sobre Floribella Portugal, com o endereço sapo.pt.

Dali em diante muitos outros gostos foram moldando a minha personalidade e tornando-se as vítimas das minhas pesquisas virtuais. High School Musical, Isa TKM, Jonas Brothers, e com eles, as fanfics, responsáveis por criarem o meu elo mais fiel com o blogspot.

Se em 2012 eu ainda estava escrevendo fanfics, em 2013 já estava começando meu blog atual. Não há como negar: minha história com os blogs é com toda certeza a minha obsessão mais antiga.

Este post foi escrito carinhosamente pela Tatiane para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

28.2.23

[Minha Vida Blogueira] O início da blogosfera foi logo ali

Eu sempre gostei de escrever e ler. Não sei se foi porque minha mãe é professora, mas sempre tive livros em minha vida. Mas, desde pequena sempre me senti muito sozinha. Não encaixava e não conseguia enxergar as pessoas ao meu redor como “amigas”.

Acho que foi por causa disso que encontrei, não me lembro como, a blogosfera. Um local onde eu podia escrever o que quisesse, sem julgamentos, sem me incomodarem, e com a possibilidade de fazer amigos de todo lugar do mundo.

Eu não sou tão velha não, tenho só 35 anos, mas a internet evolui tão rápido, que parece que foi em décadas passadas. Lembro que quando tinha 15 anos eu já tinha um blog e já escrevia a um tempo nele. Como eu me lembro? Porque eu mexia na parte de layout também, e lembro que teve um tempo que o template do meu blog era minha foto bem grande, a foto do book de 15 anos hehehehe.

Sim, já fazem mais de 20 anos. E tantas plataformas surgiram e morreram no caminho. Lembro que naquela época o blog era em um tal de weblogger. E tinham redes sociais também. O fotolog, flogão, flickr e o mais conhecido Orkut. Eu pipocava entre eles, mas adorava o blog.

E nem vamos falar no trabalho que era escrever em um blog antigamente. Não pelo fato da escrita, mas pela conexão mesmo. Afinal, a internet como conhecemos hoje não existia. Tinhamos que conectar após a meia noite, dava estress, caia. Sim, a incrível internet discada. Se você nunca ouviu falar dela, parabéns, você nasceu depois desta tortura (hehehe).

Tenho até algumas histórias legais e uma cômica envolvendo os blogs na minha adolescência. Tive uma época do segundo grau que tive um namoradinho que minha melhor amiga gostava também. Como eu soube disso? Encontrei, sem querer, o blog dela na internet, e ela contava sobre gostar do meu namorado. Eu também fiz muitas amizades através desse diário virtual. Tive algumas amigas que conheci nos blogs e trocava cartinhas, presentes. Era muito legal.

Eu enfim me sentia conectada com pessoas que eram parecidas comigo. O tempo foi passando, as plataformas foram evoluindo e já faz 15 anos que o blog está onde está, na plataforma blogspot do Google. Hoje como Vivendo Sentimentos, mas lá no comecinho, tinha só meu sobrenome: Larentis.

Eu ainda sou viciada em mexer no html e template, e o blog está de tempos em tempos mudando a carinha dele. Ufa! Eu não gosto de mesmice. Ele também foi evoluindo nos temas escritos. Começou como um diário virtual, falando do dia-a-dia e dos emocionantes acontecimentos da escola (hehehehe). Depois comecei a falar das minhas leituras e livros, uma das minhas paixões.

Em 2015 fiz minhas primeiras parcerias com editoras de livros no blog. E até 2021 tive sempre editoras junto comigo, trazendo conteúdo em conjunto para meus leitores. Em 2022 decidi desacelerar e começar a falar de outros conteúdos que também eram coisas que eu amava, como viagens. Hoje o blog fala um pouquinho de tudo, seja cultura, livros, filmes e viagens.

O blog é minha plataforma favorita porque nela consigo me expressar por inteiro. Posso escrever quanto eu quiser (sem limites de caracteres), posso colocar fotos, vídeos. Ela é minha casa. E tem muitas visitas, e isso me alegra. Adoro a interação, visitar outros blogs. Conhecer novos conteúdos.

Algumas pessoas podem perguntar: Os blogs não acabaram? E eu posso te dar certeza que não. Você está em um blog neste momento. Se você pesquisa algo no Google tem grande chances de parar em um blog. Quando meu dia está monótono, o que mais gosto de pesquisar é novos blogs para conhecer e visitar. São como vizinhos, esperando na janela pelo “oi”, e aquela visita para “fofocar” as últimas novidades.

Obs: Um “problema” de conversar com uma blogueira, é que ela está acostumada a escrever muito. Vocês viram o tamanho do post não é mesmo?! Pensem em meus amigos conversando comigo pelo whatsapp. Não dá certo. Eu escrevo sempre livros hehehe. Desculpe pessoal ;)

Este post foi escrito carinhosamente pela Monique para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

14.2.23

[Minha Vida Blogueira] Aquele que eu conto minha história com a blogosfera


Antes de tudo, te recomendo pegar um café ou dar play nessa playlist nostálgica porque lá vem história...

"É uma verdade universalmente conhecida" de que 90% das pessoas que tem blog atualmente (✨ dados da minha cabeça ✨) tem uma história com essa plataforma que começou lá atrás, e comigo não seria diferente! Não lembro a data, e até o ano se tornou incerto (2010 ou 11?), o endereço também não tenho mais, mas lembro nitidamente de estar no falecido orkut e ver um link que uma colega da minha escola havia postado. Fui redirecionada para o blog de sua irmã e imediatamente, assim que abri aquela aba, me veio uma empolgação nova: um lugar onde eu posso falar e compartilhar o que eu quiser e as pessoas vão ler?! Me soou perfeito.

Aí você sabe, né... trocentos endereços diferentes cujas motivações iam mudando com as minhas inconstâncias adolescentes (ihh, gostei como isso soou, perdi um bom nome, hein?). Com o tempo eu fui conhecendo e me encantando com as blogueiras que já conheciam aquela plataforma há mais tempo que eu e estavam abrindo novos caminhos - quem diria que iria virar uma profissão, né? Lembro da Mércia Reis do Trechy Teen, da Amanda do Vinte e Poucos, da Melina que na época tinha o "A series of serendipity", da Hadassah Sorvillo com o Senhorita Inconstante (acompanho a Hady até hoje), e tantas e tantas outras...

Mas a minha preferida era a Bruna Vieira do Depois dos Quinze - e é engraçado porque ainda gosto demais de acompanhar as fases da Bruna, me sinto uma espécie de amiga distante, torço e vibro por ela, que doido, né? Mas vocês não estão entendendo: eu queria muito ser como a Bruna! Nessa fase a gente tem uma sede de pertencimento e de "ser" que grita de um modo muito nítido, e ela representava uma liberdade que eu também queria ter. Fora as crônicas que me tocaram tanto. Mas... acho que querer ser uma outra pessoa minou a graça que um blog tinha pra mim, sabe? Passei a me preocupar demais com a forma, o conteúdo, o layout e via que outras pessoas também. Tudo começou a ficar muito igual.

Ainda assim, olhando para trás, vejo que cada endereço que tive foi importante porque acompanharam uma fase da minha vida onde eu podia registrar, de fato, como um diário os meus conflitos e paixões. Hoje percebo como foi poderoso ter um espaço e uma voz em algum lugar, já que nessa época, com 14/15 anos, eu não me sentia muito à vontade em ter um caderno físico pra compartilhar tudo o que estava acontecendo naquele momento.

É... eu não virei uma It Girl da Capricho, mas valeu muito a pena poder me expressar e conhecer a rotina de outras meninas. Não é esse o maior objetivo de ter um blog, afinal? Se for assim, acho que posso dizer que eu tive sucesso nessa caminhada! Mas ainda me pergunto... onde e como estão aquelas meninas que eu acompanhei e que como eu, eram cheias de sonhos e intenções que com certeza mudaram com o tempo?!

🌸 Sobre ter um blog em pleno 2023 🌸

Hmmm... ter um blog hoje em dia! Quando eu criei o "Liz Sales" (eu juro que tentei encontrar um título mais criativo, mas não deu...), por volta de dezembro de 2019 (!), o intuito era e continua sendo, compartilhar de um jeito tranquilo a vida, os pensamentos. Eu nem sonhava que ainda tinha gente por aqui, sabe? E pra minha surpresa tinha, e gente com a mesma vibe que eu também estava: bloggar no próprio ritmo. Me deu um alívio! E é aí que entra minha outra motivação...

Eu tenho visto cada vez menos sentido estar nas redes sociais. Twitter, Instagram... tudo tem me deixado com uma sensação de que tem algo errado. Mas aqui, me sinto bem. Interajo, sumo, volto e ainda faz sentido. Eu podia dizer muito mais, mas é isso: ainda faz sentido. Ainda é significativo. E enquanto for assim, eu ficarei feliz de estar aqui, na boa e velha e querida blogosfera.

Este post foi escrito carinhosamente pela Liz para o Blogueiros Raiz, um espaço que surgiu para unir todos nós, que ainda estamos aqui.

11.2.23

[Livro Viajante BR] O pequeno caderno das coisas não ditas - Clare Pooley


Você sabe o que é um "livro viajante"? Tentando explicar de um jeito bem resumido, um livro viajante é um livro que "viaja" entre os leitores de um determinado grupo. Cada leitor lê, faz anotações e depois envia o livro para o próximo participante do grupo, tornando a leitura uma experiência coletiva. Como o Blogueiros Raiz foi criado com o intuito de unir os blogueiros, achei que seria legal começar um projetinho desses por aqui também!

O primeiro livro escolhido para o projeto (eleito com a ajuda de algumas blogueiras muito queridas <3) foi O pequeno caderno das coisas não ditas, da autora britânica Clare Pooley. Os interessados em participar devem se inscrever por este formulário até o dia 28/02/2023, com a "viagem" prevista para iniciar no final de março/começo de abril. O número de participantes será nove (dez, contando comigo), mas se houver mais interessados eles ficarão numa lista de espera para substituições em casos de desistência.

E aí, quem quer viajar comigo? :D